No momento da
prisão em 2014, trio condenado debochou e faz gestos obscenos
Um
trio foi condenado à prisão pela morte de Camilla Christine Oliveira Souza, 18,
que foi assassinada durante um ritual de magia negra, segundo a acusação. O crime ocorreu no dia 31 de outubro de 2013,
em um terreiro de candomblé localizado no bairro São Bernardo, região norte de
Belo Horizonte.
O
julgamento dos três se encerrou na noite desta segunda-feira (19), no Fórum
Lafayette, localizado na capital mineira. Segundo a assessoria do fórum, Kliver
Marlei Alves dos Santos, 25, foi condenado a 16 anos de prisão e Raony Dias
Miranda, 20, recebeu pena de 13.
Warley
dos Reis Valentin da Silva, 20, foi apenado com 12 anos. Inicialmente, os três
vão cumprir a condenação em regime fechado.
Eles
já estavam confinados em presídios das cidades de Vespasiano e Ribeirão das
Neves, municípios da região metropolitana de Belo Horizonte.
A
defesa dos réus informou que vai pedir a anulação do julgamento por entender
que as provas contidas no processo vão contra a condenação.
Quebra
de pacto
Segundo
a delegada Cristiana Angelini, da Delegacia de Homicídios de Venda Nova, que
cuidou do caso, testemunhas disseram que Camilla foi morta em razão de sua
desistência de continuar frequentando o local e por ter quebrado um pacto com
os suspeitos.
Conforme
a policial, a moça mostrou sua vontade ao trio ao arrebentar um colar com
chifres que usava no pescoço, o que teria provocado a ira do trio e dado
início ao planejamento de sua morte.
No
dia do crime, ainda conforme a investigação, a mulher foi atraída ao local e
morta a facadas. Ela teve a cabeça quase decapitada. Nesse momento, de acordo
com a delegada, os suspeitos colocaram um prato para colher sangue da vítima e
o beberam em seguida.
A
morte de Camilla teria servido também como ritual para que os suspeitos
passassem a ter o "corpo fechado" contra inimigos. A polícia afirmou
que os três têm passagem pela polícia.
"Eles
são criminosos contumazes. Queriam também fechar o próprio corpo contra prisões
e condenações e acreditavam que com isso não seriam descobertos pela
polícia", afirmou a responsável pelo caso.
O
corpo da moça foi localizado na porta do local onde funciona o terreiro de
candomblé. Raony Miranda era um dos responsáveis pelo local, conforme a
polícia.
A
delegada ainda explicou que o trio premeditou o crime, tendo escolhido
inclusive a data de 31 de outubro, o Dia das Bruxas, para cometê-lo.
Fonte:http://noticias.uol.com.br/